A Balança Comercial brasileira segue apresentando números robustos em Outubro de 2025, com a segunda semana do mês registrando um superávit de US$ 1,524 bilhão e um saldo acumulado de US$ 48 bilhões no ano. O desempenho positivo é amplamente liderado pela Agropecuária e pela Indústria Extrativa, que registraram crescimento expressivo na média diária de exportações. As vendas externas, no geral, cresceram 8,6% em Outubro na comparação com o mesmo período de 2024, enquanto as importações tiveram uma leve queda.

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Apesar dos indicadores de superávit, o cenário externo injetou cautela no mercado. O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou na última semana uma nota que, embora tenha melhorado a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2025, cortou a de 2026. A justificativa do FMI e de analistas de mercado é o risco de retaliação comercial e, especificamente, o impacto de um "tarifaço" imposto por parceiros como os Estados Unidos.

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Relatórios preliminares do setor de comércio exterior já indicam que a nova taxa tarifária sobre produtos brasileiros destinados aos EUA resultou em uma queda de 40% nas exportações do agronegócio para o país em setembro. Essa redução brusca gera um alerta sobre a dependência brasileira de alguns mercados e a vulnerabilidade do comércio exterior às tensões geopolíticas e às políticas protecionistas.

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Em síntese, a economia brasileira vive um paradoxo: a força histórica de seu setor exportador continua a gerar divisas e a sustentar um superávit comercial invejável. No entanto, o futuro crescimento (especialmente o de 2026) está sob ameaça, forçando o governo a reavaliar sua política de comércio exterior e a buscar a diversificação de mercados para mitigar os efeitos de eventuais barreiras tarifárias.

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